Muitas vezes corremos o risco de errar em querermos assumir
posições extremas em nossa vida diária. No âmbito religioso isto
também acontece.
Na palestra de hoje que tem por título: SALVOS PELA GRAÇA,
APESAR DA LEI, vamos tentar compreender este tema tão importante para nossa
vida.
Sempre quando estudamos a Lei de Deus, precisamos nos
precaver de dois erros:
O primeiro é tentar pelos próprios esforços
agradar a Deus. Isto resulta numa grande falha que está no senso de justiça
própria, onde julgamos obter salvação pelos nossos atos.
O segundo é pensar que a fé em Jesus isenta da obediência.
Este erro é tão prejudicial como o primeiro.
Na Bíblia encontramos, em vários Livros, ajuda para melhor
compreendermos onde está o ponto de equilíbrio neste assunto.
Vamos ler o que encontramos em Efésios 2:8 a 10 - “Porque
pela graça sois salvos mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não
de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feituras dEle, criados em
Cristo Jesus, para boas obras, as quais Deus de antemão preparou
para que andássemos nelas”.
Se atentarmos bem para o texto, poderemos ver que a primeira
declaração é que somos salvos pela graça de Deus, e este dom não vem de nós.
Isto coloca de imediato a verdade, que o ato de salvar a humanidade
procede de Deus. A salvação portanto é uma dádiva de Deus para o homem.
A salvação não brota a partir do coração humano. Por mais
que uma pessoa seja dada a fazer o bem, por mais que suas obras
sejam excelentes, a salvação não vem de si mesma. A Salvação é um ato da graça
de Deus.
Então vem a pergunta: o que é a graça divina? E como esta
graça atua em nossa vida?
Graça é definida como favor, misericórdia, perdão. A graça é
um atributo, uma característica divina exercida para com os seres humanos. Não
a buscamos, porque não podemos, pois ela nos foi dada pôr Deus.
Ao cair em pecado, o homem experimentou as amargas consequências
da transgressão. Naquela condição, não havia nada que pudesse fazer para
modificar a sua situação. Não fosse a intervenção divina, e a humanidade
estaria condenada a uma miserável existência e por fim a morte, sem nenhuma
esperança de vida.
A graça de Deus que foi primeiramente oferecida a Adão e
Eva, e, por extensão à toda humanidade, provê uma porta de saída para a
condição pecaminosa do homem. Deus, sabendo que o homem por si só
nada poderia fazer, já havia estabelecido um plano de salvação, caso o pecado
entrasse no mundo.
Deus em sua misericórdia executou fielmente o Seu plano, e
Jesus veio até nós, pagou o preço que o pecado exigia: a morte.
Com Sua vida santa e sem pecado, e com Sua morte em
sacrifício, Jesus comprou o direito de salvar perfeitamente a todos quantos
crerem no Seu nome.
Tudo o que Deus poderia fazer para salvar a humanidade da
condição de pecadores, Deus realizou. O sacrifício de Jesus foi perfeito e
completo. Sua ressurreição, e ascensão confirmam e provam isto.
Assim, o homem, não poderia fazer nada para se salvar, porque
era impossível para ele, mas Deus providenciou de maneira maravilhosa. E esta
maravilhosa graça Deus oferece a todos. É um presente divino para humanidade.
Somente um amor inexplicável é capaz de executar este plano
maravilhoso. Agora, nós que fomos criados com a capacidade de escolher o
que queremos para nossa vida, poderemos ou não aceitar este precioso
presente divino. Está em nós aceitar ou não este sacrifício de amor.
Afirmamos que receber da graça de Deus a salvação em Cristo
Jesus, sem acrescentar a isto qualquer coisa mais, é o único meio que a Bíblia
apresenta, pelo qual devemos ser salvos .
Agora que entendemos que somos salvos gratuitamente quero
perguntar: O fato de termos sido agraciados com a salvação em Jesus, elimina ou
isenta a vida de obediência do crente?
A segunda parte do texto lido no princípio esclarece a nossa
pergunta. É-nos dito que, somos do Senhor, criados para boas obras, preparadas
por Deus para andarmos nelas.
O fato de termos recebido a salvação em Cristo Jesus pela
fé, não nos isenta de termos uma vida de obediência.
Os mandamentos de Deus retratam o Seu plano de vida, a Sua
vontade para o ser humano. Deus deseja que sigamos por esse caminho.
Justamente é isso que o homem não consegue fazer separado de Jesus.
Mas, quando a pessoa aceita a Sua graça salvadora, não só recebe o perdão dos
pecados, mas recebe também poder para viver segundo a vontade do Senhor.
Assim sendo, a vida de obediência não compra a salvação. A
vida de obediência é uma consequência natural de alguém que está
salvo em Jesus.
Em São Mateus 7:20 a Palavra de Deus nos lembra: “Pelos
seus frutos, os conhecereis”. Uma boa árvore frutífera, bem enraizada,
deverá produzir bons frutos. Só saberemos, no entanto, se assim é, no momento
em que ela produzir.
Com o cristão não é diferente. Sua fé se assemelha à
raiz. Não pode ser vista. Mas quando a raiz do cristão está bem aprofundada e
bem plantada em Jesus, os frutos surgirão. Os frutos de uma vida segundo a
vontade de Deus, são os frutos da obediência.
Uma vida sem Jesus é uma vida vazia. O problema
não está na lei. O problema não está em Jesus. A dificuldade não está na
obediência. O problema está quando alguns querem obedecer a lei por suas
próprias forças, e pensam com isso estar agradando a Deus e tornando-se merecedores
da salvação.
A salvação é um presente de Deus. E presente é de graça.
Aqueles que aceitam este precioso presente, que é o perdão divino, passam a
viver uma vida de conformidade com a vontade do Senhor. Deus também dá poder
para que se possa ter uma experiência vitoriosa.
Quando isso acontece como resultado da presença de Jesus na
vida, a obediência não é exercida para salvar. Mas como consequência, como
resultado de um coração renovado, e salvo pela graça do Senhor Jesus Cristo.
Quando nos tornarmos semelhantes a Jesus, nossa conduta
refletirá o retrato do nosso relacionamento com o Salvador. A obediência não se
tornará um fardo, e sim uma alegria.
Você pode estar imaginando que os Mandamentos são um fardo
que o cristão terá que levar por toda a vida.
Mas se você pensar em Deus como um Pai amoroso que só quer o
bem para os Seus filhos, você entenderá que nosso Pai celestial jamais nos
pediria algo que não fosse para nos tornar felizes.
Que possamos refletir o amor de Cristo, e que nossa vida
produza o suave perfume que emana de Jesus.
A VOZ DA PROFECIA-Pr. NEUMOEL STINA
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