GRAÇA NUM LUGAR ÁRIDO (2 Samuel 9:1)
A palavra graça significa muitas coisas para muitas pessoas.
Isto está certamente resumido no título inteligente do livro de Lofton Hudson:
A Graça não É uma Loira de Olhos Azuis.
Referimo-nos a uma bailarina como sendo graciosa! Damos
graças às refeições! Graça pode significar coordenação de movimentos e pode
referir-se à dignidade e elegância. Mais importante que tudo, graça pode
significar favor imerecido – estender favor especial a alguém que não o merece,
que não o adquiriu, que nunca poderá paga-lo.
De vez em quando chegamos a uma passagem das Escrituras onde
temos uma ilustração belíssima desse tipo de graça e ficamos admirados com esse
dom tão surpreendente. Encontramos um desses momentos na vida de Davi. Esse é,
seguramente, o maior exemplo de graça em todo o Antigo Testamento. O episódio
envolve um homem obscuro, com um nome quase impronunciável: Mefibosete.
Esta é uma história linda e inesquecível.
GRAÇA: UM EXEMPLO
No capítulo 7 de 2 Samuel, encontramos Davi passando por um
momento de paz e tranqüilidade, após tantas batalhas, confrontos e problemas.
Ali, ele se achava em total descanso após tantas situações de stress. Neste
período, Davi estaria encontrando tempo para refletir sobre seu passado e todas
as bênçãos que recebera. Provavelmente, Davi estivesse se lembrando de seu
melhor amigo, Jônatas e de Saul, seu predecessor.
Enquanto meditava sobre estes dois homens e o impacto que
havia causado em sua vida, Davi começou a lembrar de uma promessa que fizera.
Refletiu e em seguida agiu.
“Disse Davi: Resta ainda, porventura, alguém da casa de
Saul, para que use eu de bondade para com ele, por amor de Jônatas?” - 2 Samuel
9:1
Esta, na verdade, é uma tradução muito infeliz, porque
“bondade” insinua freqüentemente uma ideia de ternura, mas o que Davi estava
expressando era muito mais profundo. Segundo o original hebraico, a palavra
seria: “graça” – “para que use eu de ‘graça’ para com ele, por amor de Jônatas
”.
Graça é uma aceitação positiva e incondicional apesar da
outra pessoa. Graça é uma demonstração de amor imerecido, não-adquirido e que
não pode ser pago.
Davi reflete então: Há alguém em toda esta região a quem eu
possa mostrar esse tipo de aceitação positiva, demonstrar essa espécie de amor
?
Porque ele queria fazer isso? Apenas para lembrar, Davi fez
uma promessa. De fato, fizera duas promessas.
Em 1 Samuel 20: 13,14 quando Davi fugia de Saul para salvar
sua vida, mas já estava evidentemente destinado ao trono, Jônatas diz:
“O Senhor faça assim com Jônatas, e outro tanto, se,
querendo meu pai fazer-te mal, eu não te fizer saber, e não te deixar partir, para
ires em paz. O Senhor seja contigo, assim como foi com meu pai. Se eu ainda
então viver, não usarás comigo da bondade do Senhor, para que não morra ?”
Era costume nas dinastias orientais, quando um novo rei
subia ao trono, que todos os membros da dinastia anterior fossem exterminados,
a fim de eliminar a possibilidade de uma revolta. Jônatas está então dizendo
aqui: – Davi, quando você subir ao trono, como certamente acontecerá, vai
mostrar graça a minha família? Ao contrário do costume comum dos outros reis,
preservará nossas vidas? Cuidará de nós e nos protegerá, para que não sejamos
esquecidos?
Davi concordou sem hesitação. Seu amor por Jônatas o levou a
fazer um acordo firme com o amigo.
“Assim fez Jônatas aliança com a casa de Davi, dizendo: O Senhor
se vingue dos inimigos de Davi. E Jônatas fez Davi jurar de novo, porque o
amava com todo amor de sua alma.” - 1 Samuel 20:16,17
Mais tarde, como talvez você se recorde, depois de Davi ter
poupado a vida de Saul na caverna, este lhe disse:
“Eu sei que certamente hás de reinar, e que o reino de
Israel há de ser firme nas tuas mãos. Agora jura-me pelo Senhor que não
desarraigarás a minha descendência depois de mim, nem desfarás o meu nome da
casa de meu pai. Assim jurou Davi a Saul...” - 1 Samuel 24: 20-22
Davi fez então uma promessa tanto a Jônatas quanto a Saul.
Tempos depois (registrados em 2 Samuel 9) nós o encontramos pensando sobre essa
promessa. Ele começa perguntando às pessoas de sua corte: “Resta ainda,
porventura, alguém da casa de Saul, para que eu use de bondade para com ele,
por amor de Jônatas ?”
Penso que vale a pena notar as palavras: “Resta ainda alguém
?” Ele não pergunta: “há alguém qualificado?” ou “Há alguém digno?” Mas, sim:
“Há alguém? Não importa quem seja, há ALGUÉM ainda vivo que deva receber a
minha graça?” Isso é aceitação irrestrita, baseada no amor incondicional.
E alguém foi identificado.
“Havia um servo na casa de Saul cujo nome era Ziba.
Chamaram-no que viesse a Davi. Disse-lhe o rei: És tu Ziba? Respondeu ele: Teu
servo. Perguntou o rei: Não há ainda algum da casa de Saul a quem eu possa
mostrar a bondade de Deus? Ziba respondeu ao rei: Ainda há um filho de Jônatas,
aleijado de ambos os pés” - 2 Samuel 9: 2,3.
Ao ler nas entrelinhas aqui, você sentirá que existe uma insinuação
no conselho dado por Ziba a Davi. Penso que ele implicava: – Davi, é melhor
pensar duas vezes antes de agir, porque esse sujeito não vai causar boa
impressão em sua corte. Ele não se ajusta ao ambiente, a esta sala do trono,
nesta casa nova e bela, na cidade de Jerusalém. Na verdade, ele não é uma
pessoa agradável de se ver. Olhe Davi, ele tem uma grave deficiência.
Davi pergunta: – Resta alguém? – e este conselheiro
responde: – Sim, mas é aleijado.
A resposta de Davi é comovente. Ele prossegue e diz: – Onde
ele está? – Não pergunta: – O problema é sério? – Nem sequer indaga como ele
ficou nessa condição. Apenas inquiriu: – Onde ele se encontra?
A graça é assim. A graça não procura feitos que mereçam
amor. A graça opera em separado da resposta ou da capacidade do indivíduo. A
graça é unilateral. Repito, é Deus se dando em plena aceitação de alguém que
não a merece e jamais poderá adquiri-la e jamais poderá paga-la. É isto que
torna a história de Davi e Mefibosete tão notável. Um rei forte e famoso se
humilha e se dá para alguém que representa tudo o que Davi não era!
Davi pergunta simplesmente: “E onde está?”
“... Respondeu Ziba ao rei: Está na casa de Maquir, filho de
Amiel, em Lo-Debar.” - 2 Samuel 9:4
O último termo geográfico é interessante. Lo em hebraico
significa “não” e debar é um termo-raiz significando “pasto ou pastagem”. Este
descendente de Jônatas está então num lugar incrivelmente desolado. Ele vive
numa região obscura e árida da Palestina.
Desde que o costume era matar todos da dinastia anterior,
tais indivíduos eram exterminados ou tinham que ficar ocultos o resto de suas
vidas. Foi isto que Mefibosete fez. Ele se escondera e o único que conhecia o
seu paradeiro era um antigo servo de Saul.
Davi não pergunta como este homem ficou aleijado dos dois
pés, mas nós ficamos curiosos e descobrimos a resposta no capítulo 4. É uma
história e tanto e acrescenta novos elementos ao lado comovente da situação.
Vamos retroceder por alguns momentos:
“Jônatas filho de Saul, tinha um filho aleijado dos pés. Era
este da idade de cinco anos quando as notícias de Saul e Jônatas chegaram de
Jezreel. A sua ama o tomou, e fugiu, mas apressando-se ela a fugir, ele caiu, e
ficou coxo. O seu nome era Mefibosete.” - 2 Samuel 4:4
Quando ouviu que Saul e Jônatas estavam mortos, a ama pegou
o menino que estava aos seus cuidados e fugiu, para protegê-lo. Enquanto se
apressava, provavelmente tropeçou e o menino caiu de seus braços. Em
conseqüência da queda, ele ficara permanentemente aleijado e se escondera desde
então, temendo por sua vida. A última coisa que queria era ver um emissário do
rei bater em sua porta. Mas foi exatamente isso que aconteceu.
Pode imaginar o espanto do homem? Não sabemos a idade de
Mefibosete, mas ele provavelmente tinha uma família a essa altura, pois mais
tarde lemos que tinha um filho homem chamado Mica. Depois de responder à batida
na porta, Mefibosete se defronta com os soldados do rei, que lhe dizem: – O rei
quer vê-lo. – Ele provavelmente pensou: “Este é certamente o meu fim”.
Aqueles homens o levaram então para Jerusalém, à presença do
rei. Esta é uma cena marcante da Bíblia!
“Vindo Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, a Davi,
prostrou-se com o rosto em terra e se inclinou. Disse-lhe Davi: Mefibosete!
Respondeu ele: Teu servo.” - 2 Samuel 9:6
Que momento deve ter sido aquele. O homem assustado deixa as
muletas e cai diante do rei que tem todos os direitos, direitos soberanos,
sobre a sua vida. O rei lhe pergunta: – Você é Mefibosete? – E ele responde: –
Sim, sou Mefibosete. – Ele não tinha idéia do que esperar e certamente esperava
o pior.
“Disse-lhe Davi: Não temas, pois de certo usarei de bondade
contigo por amor de Jônatas, teu pai, e tu sempre comerás pão à minha mesa.” -
2 Samuel 9:7
Você pode imaginar como Mefibosete deve ter se sentido
naquele momento? Esperando uma espada golpear suas costas, ele ouve essas
palavras incríveis do rei Davi.
No livro, O Equilíbrio Vital, o Dr. Karl Menninger, fala
sobre o que ele chama de “personalidade negativa”, o tipo de personalidade que
a princípio diz “não” a tudo. “Esses são pacientes perturbados”, afirma
Menninger. “Essas pessoas perturbadas jamais fizeram um empréstimo duvidoso,
jamais votaram a favor de uma causa liberal, ou patrocinaram qualquer
extravagância. Elas não podem permitir-se o prazer de dar”. Ele as descreve
como “indivíduos rígidos, cronicamente infelizes, amargos, inseguros e muitas vezes
suicidas”.
Para ilustrar, ele conta a história de Thomas Jefferson, que
estava atravessando o país a cavalo com um grupo de companheiros quando
chegaram a um rio caudaloso. Um caminhante esperou até que vários cavaleiros
tivessem passado e depois chamou o Presidente Jefferson e lhe pediu para cruzar
o rio na garupa de seu cavalo. Jefferson concordou e levou-o até a margem
oposta. – Diga-me: – perguntou um dos homens – porque você escolheu o
presidente para pedir esse favor? – O presidente? –respondeu o homem – Eu não
sabia que ele era o presidente. Tudo o que sei é que em alguns dos rostos
estava escrito a resposta “não” e em outros a resposta “sim”. O rosto dele era
um rosto “sim”.
No livro “Despertar da Graça”, Charles R. Swindoll, diz que:
“as pessoas que compreendem plenamente a graça, têm um rosto “sim”.
Quero sugerir que quando Mefibosete levantou os olhos, ele
viu um “sim”, escrito no rosto de Davi. Você não gostaria de estar lá nesse
momento esplêndido?
Davi olhou para ele e disse: – Oh, meu amigo, você vai ter
um lugar de honra na minha família... vai comer regularmente na minha mesa. – E
a coisa ainda melhora. Leia:
“Então, se inclinou e disse: Quem é teu servo, para teres
olhado para um cão morto tal como eu? Chamou Davi a Ziba, servo de Saul, e lhe
disse: Tudo o que pertencia a Saul e toda a sua casa dei ao filho de teu
senhor. Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu, e teus filhos, e teus servos, e
recolherás os frutos, para que a casa de teu senhor tenha pão que coma; porém
Mefibosete, filho de teu senhor, comerá pão sempre à minha mesa. Tinha Ziba
quinze filhos e vinte servos. Disse Ziba ao rei: Segundo tudo quanto meu
senhor, o rei, manda a seu servo, assim o fará. Comeu, pois, Mefibosete à mesa
de Davi, como um dos filhos do rei. Tinha Mefibosete um filho pequeno, cujo
nome era Mica. Todos quantos moravam em casa de Ziba eram servos de Mefibosete.
Morava Mefibosete em Jerusalém, porquanto comia sempre à mesa do rei. Ele era
coxo de ambos os pés.” - 2 Samuel 9:8-13
Que relato fantástico da graça. Agora, sempre que o lermos,
poderemos ver um rosto “sim”, por se tratar de uma demonstração do significado
da graça.
Pense em como a vida deve ter sido nos anos futuros à mesa
com Davi. A refeição está pronta e a sineta toca. Os membros da família e seus
convidados vão chegando. Amnom, inteligente e espirituoso, é o primeiro a
sentar-se. Depois vem Joabe, um dos convidados – musculoso, viril, atraente,
com a pele bronzeada pelo sol, andando alto e ereto como um soldado experiente
que é. A seguir chega Absalão. Como é belo! Desde o alto da cabeça até a sola
dos pés não há um defeito nele. Vemos então Tamar, a linda e terna filha de
Davi. Por último, poderíamos acrescentar Salomão. Ele ficou no escritório o dia
inteiro, mas finalmente deixa o trabalho e comparece à mesa.
Ouve-se então um ruído surdo e aqui vem Mefibosete, apoiado
em suas muletas. Ele dá sorriso sem graça, e humildemente, se junta aos outros
e toma seu lugar à mesa como um dos filhos do rei. E a toalha da graça cobre os
seus pés. Oh, que cena!
GRAÇA: COMPREENDENDO A SUA EXTENSÃO
Esse não é, porém, o fim da história. Essa história continua
até hoje, refletida na vida de todos os filhos de Deus. Posso pensar em pelo
menos oito analogias para indicar isso:
1. Em certa época Mefibosete gozou de comunhão ininterrupta
com seu pai, o filho do rei Saul. O mesmo aconteceu com Adão, que andou com o
Senhor no frescor da tarde e gozou de comunhão ininterrupta com seu Criador e
Pai. Como Adão, Mefibosete soube um dia o que era estar em comunhão íntima com
o rei.
2. Quando a tragédia ocorreu, a ama fugiu amedrontada e
Mefibosete caiu. Isso o deixou aleijado pelo resto de seus dias. Da mesma
forma, quando veio o pecado, Adão e Eva se esconderam com medo. A primeira
reação da humanidade foi ocultar-se de Deus, encontrar razões para não estar
com Deus. Como resultado, a humanidade tornou-se espiritualmente inválida e
ficará assim para sempre enquanto estiver na terra.
3. O rei Davi, por amor de Jônatas, demonstrou graça ao seu
filho aleijado. Deus também demonstra graça ao pecador crente por amor a seu
Filho, Jesus Cristo, e o preço que ele pagou na cruz. Ele continua buscando
pessoas espiritualmente deficientes, mortas por causa da depravação, perdidas
em transgressões e pecados, escondidas de Deus, quebrantadas, medrosas e
confusas. Estamos andando com Deus hoje porque ele demonstra a sua graça para
nós por amor ao seu Filho.
4. Mefibosete não tinha nada, não merecia nada, não podia
pagar nada... de fato, ele nem sequer tentou ganhar o favor do rei. Ocultou-se
dele. O mesmo se aplica a nós. Não merecíamos nada, não tínhamos nada, e nada
podíamos oferecer a Deus. Estávamos escondidos quando ele nos achou. Alguns de
vocês podem lembrar-se de uma época em que estavam viciados em drogas,
envolvidos numa vida fútil, passando de um conflito a outro, de uma experiência
errada a outra, desperdiçando uma noite após outra, indo de um encontro sexual
para outro, imaginando onde tudo isso ia acabar. Você não ofereceu nada a Deus.
Não tinha nada que pudesse dar a Ele, nenhuma boa obra que pudesse revelar
retidão autêntica. Todavia, o Rei fixou seu coração em você. Não é maravilhoso?
Melhor ainda que isso – é graça. É isso que Deus nos oferece, demonstrando um
amor e perdão que não podemos ganhar, merecer ou pagar. Isso é realmente graça.
Ela remove todas as exigências e elimina a necessidade de justificativas quando
Deus vem até nós e diz: – Você é meu. Aceito você como é, com muletas,
problemas, defeitos e tudo.
5. Davi restaurou Mefibosete de um lugar árido a um lugar de
honra. Ele tirou esse indivíduo quebrantado, deficiente, de um esconderijo onde
não havia pastagem e o levou a um lugar de abundância, diretamente à sala da
corte do rei. A analogia é clara. Deus nos tirou de onde estávamos e nos levou
para onde ele está – a um lugar de comunhão com Ele. Ele nos restaurou ao que
éramos antes, em Adão.
6. Davi adotou Mefibosete em sua família e ele se tornou um
dos filhos do rei. É isto que Deus fez pelo pecador crente: nos adotou na
família do Rei celestial. Ele nos escolheu, nos introduziu em sua família e
disse: – Você vai sentar-se à minha mesa, vai comer da minha comida e Eu lhe
dou a minha vida. – Todo cristão é adotado como membro da família de Deus.
7. O problema físico de Mefibosete era um lembrança
constante da graça. Ele não tinha nada senão muletas, todavia, recebeu da
abundância do rei. Cada vez que manquejava de um lugar para o outro, passo a
passo, ele se lembrava: Estou nesta casa magnífica, gozando os prazeres desta
posição por causa da graça do rei e nada mais. O mesmo acontece com o Pai.
Nosso problema contínuo com o pecado é um lembrete da sua graça. Todas as vezes
em que pensamos neste versículo: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel
e justo para nos perdoar e nos purificar”, recordamos que a graça está à nossa
disposição. É quando o Senhor cobre os nossos pés com a Sua toalha de mesa e
diz: – Sente-se. Você é meu. Eu o escolhi simplesmente porque o queria.
8. Quando Mefibosete sentou-se à mesa do rei, ele foi
tratado como qualquer outro filho do rei. É isso que acontece agora... e o que
vai acontecer durante toda a eternidade, quando festejarmos com o Senhor. Você
pode imaginar-se sentado à mesa com Paulo, Pedro e João... e talvez pedir a
Tiago que passe as batatas? E conversar com Isaque, Spurgeon, e Martin Luther
King, Calvino e Wycliff? Partir o pão com Abraão e Ester, Isaías e, sim, com o
próprio rei Davi, acompanhado por Mefibosete? E o Senhor vai olhar para você e
dirá com seu rosto “sim”: – Você é meu. Você é tão importante para mim quanto
os meus outros filhos e filhas. Coma.
Só na eternidade poderemos expressar adequadamente o que
esta verdade significa para nós – o fato de Ele nos ter escolhido em nossa
condição pecaminosa e rebelde e nos tirar, pela graça, de um lugar árido e nos
dar um lugar à Sua mesa. E, em amor, Ele permitiu que a Sua toalha de graça
cobrisse o nosso pecado.
Possamos terminar esta mensagem com um sorriso. Uma face
“sim” que diz: – Obrigado, Pai, por me achar quando eu não estava olhando...
por me amar quando eu não era digno... por me tornar Seu quando eu não merecia.
Graça. Ela é realmente maravilhosa!
Extraído do Livro:
Davi - Um homem segundo o coração de Deus.
C. R. Swindoll – Mundo Cristão - 14/06/99